O perfil da politica na época de Platão
Sobre a política de
Platão, podemos dizer que ela segue sua vontade maior que é
inspirada no seu idealismo, ou seja, no ideal de uma política
perfeita como remédio para um mundo imperfeito. E o contexto político
em que vivia Platão favoreceu mais ainda essa ideia, pois o quadro
era de corrupção, de interesses particulares em detrimento dos
coletivo e de valorização do discurso no lugar da resolução dos problemas da cidade.
Sob influência dos professores sofistas, os políticos deste contexto orientavam suas práticas para o convencimento da maioria através de uma boa técnica oratória. O que hoje em dia chamamos de "lábia", como por exemplo"fulando tem uma lábia incrivel, convenceu até o diretor da escola de que ele estava doente", etc...
Não há problemas em tentar convencer as pessoas sobre algo, mas quando isso ocorre no campo político de um modo geral é ruim, pois o foco passa a ser o assunto do problema e não a resolução do problema em si. Assim, é comum vermos políticos falando sobre as mesmas coisas (educação, saúde, etc), mas uma minoria trabalha nas soluções desses problemas.
Isso Platão criticou já na sua época (o que parece mostrar que algumas coisas não mudaram tanto assim de lá pra cá) e criticou também a lógica da educação dos sofistas, onde quem tem mais paga mais caro pelo melhor professor. Em pouco tempo havia bons oradores (bons de lábia) e nenhum político para cuidar e resolver os problemas de forma racional, pois como dissemos antes, essa formação limitada àqueles que poderiam pagar não formava políticos e sim oradores. E se mesmo assim fossem considerados políticos, seriam políticos ruins pois seus interesses eram os seus e não os de todos.
Para Platão, somente uma concepção política perfeita resolveria os problemas do mundo. Para isso, ele pensou que esta política ideal deveria começar pela educação, pois para ele é impossivel que haja uma boa atitude sem que esta atitude não esteja pautada pelo conhecimento. E é na escola que se desenvole o saber.
A Escola em Platão
Todo o projeto político de Platão era baseado na justiça, porque a justiça está conectada com a verdade, pois toda justiça deve ser verdadeira, caso contrário torna-se injustiça. Desta maneira, não há justiça sem verdade e não há Bem Comum sem justiça, portanto são três conceitos conectados entre si.
A escola não poderia ser diferente da ideia apresentada acima, ao contrário, é a partir da escola que a justiça, enquanto conceito de equilibrio da igualdade humana, deve começar a ser trabalhada desde cedo. Assim, o estudante mergulha em um ambiente que propicia a justiça, pois não há diferenças sociais entre os alunos que frequentam essa escola que foi pensada por Platão como base formadora para o homem.
O filósofo defendia a ideia de que todos deveriam ter acesso ao conhecimento, sejam ricos ou pobres. E ao longo da formação aqueles que se destacassem dentre os demais seriam certamente os ou o governante da cidade, não por convencer as pessoas através de uma fala bonita e convincente, mas por deter o conhecimento e uma clara noção da ideia de Verdade, Justiça e Bem Comum.
Uma ilustração simplificada pode nos mostrar como funcionava a hieraquia social da cidade ideal pensada por Platão. Esta hierarquia era pautada pelo destaque do aluno ao longo de sua formação. Os que se destacavam mais governavam, os que se destacavam menos iriam cuidar da defesa e os demais cuidariam da manutenção da cidade. Apesar do nome "artesão", não era apenas arte que era produzida e sim tudo aquilo relativo à manutenção da cidade, como produção de vasos, roupas, acessórios. Agricultores cuidavam da produção de alimentos e construtores construiam e reformavam estruturas. Note que todos estes que ocupavam o 3º lugar na hierarquia se ocupavam com trabalhos manuais, enquanto que os primeiros se ocupavam com trabalhos intelectuais, uma caracteristica tipica do pensamento de Platão.
1º - Sábio >> Governo da cidade
2º - Exército >> Proteção da cidade
3º - Artesão e agricultores e construtores>> Manutenção da cidade
Formas de governo em Platão (aula 2)
Fontes: http://www.filosofia.com.br/historia_show.php?id=28
Todo o projeto político de Platão era baseado na justiça, porque a justiça está conectada com a verdade, pois toda justiça deve ser verdadeira, caso contrário torna-se injustiça. Desta maneira, não há justiça sem verdade e não há Bem Comum sem justiça, portanto são três conceitos conectados entre si.
A escola não poderia ser diferente da ideia apresentada acima, ao contrário, é a partir da escola que a justiça, enquanto conceito de equilibrio da igualdade humana, deve começar a ser trabalhada desde cedo. Assim, o estudante mergulha em um ambiente que propicia a justiça, pois não há diferenças sociais entre os alunos que frequentam essa escola que foi pensada por Platão como base formadora para o homem.
O filósofo defendia a ideia de que todos deveriam ter acesso ao conhecimento, sejam ricos ou pobres. E ao longo da formação aqueles que se destacassem dentre os demais seriam certamente os ou o governante da cidade, não por convencer as pessoas através de uma fala bonita e convincente, mas por deter o conhecimento e uma clara noção da ideia de Verdade, Justiça e Bem Comum.
Uma ilustração simplificada pode nos mostrar como funcionava a hieraquia social da cidade ideal pensada por Platão. Esta hierarquia era pautada pelo destaque do aluno ao longo de sua formação. Os que se destacavam mais governavam, os que se destacavam menos iriam cuidar da defesa e os demais cuidariam da manutenção da cidade. Apesar do nome "artesão", não era apenas arte que era produzida e sim tudo aquilo relativo à manutenção da cidade, como produção de vasos, roupas, acessórios. Agricultores cuidavam da produção de alimentos e construtores construiam e reformavam estruturas. Note que todos estes que ocupavam o 3º lugar na hierarquia se ocupavam com trabalhos manuais, enquanto que os primeiros se ocupavam com trabalhos intelectuais, uma caracteristica tipica do pensamento de Platão.
1º - Sábio >> Governo da cidade
2º - Exército >> Proteção da cidade
3º - Artesão e agricultores e construtores>> Manutenção da cidade
Formas de governo em Platão (aula 2)
Platão escreveu ainda
sobre diversos assuntos como a melhor forma de governo e sobre o Estado, para
ele a sociedade deveria ser dividida em três partes que correspondem e se
relacionam com a alma dos indivíduos.
A primeira parte é a vontade ou o apetite
e corresponde aos trabalhadores braçais. A segunda parte é a do espírito e é
relacionada aos guerreiros e aventureiros que tem que ser destemidos, fortes
e espirituosos. A terceira parte é reservada aos filósofos e aos governantes, é
a parte da razão e é reservada aos inteligentes e racionais, qualidades essas
mais apropriadas para indivíduos que vão tomar decisões representando toda
sociedade. É portanto a razão e a sabedoria que devem governar, os filósofos devem
governar como reis ou os reis devem ser filósofos para governar com
racionalidade.
Em seu escrito A República,
Platão descreve a maneira que se pode passar de um regime político a outro e
classifica os regimes de governo em cinco formas:
1- O governo dos filósofos(monarquia) ou
aristocracia que ele define como o governo dos mais capazes. Esse é para ele o
regime perfeito pois corresponde ao ideal do rei-filósofo que reúne poder e
sabedoria em uma só pessoa.
Esse regime é seguido por quatro regimes
imperfeitos:
2- A timocracia, regime fundamentado sobre a honra;
3- Oligarquia,
fundamentado sobre a riqueza;
4- Democracia que se fundamenta sobre a idéia de
igualdade e
5- Tirania que se funda no desejo do tirano e representa o fim da
política porque nele são abolidas as leis.
Fontes: http://www.filosofia.com.br/historia_show.php?id=28