terça-feira, 31 de maio de 2016

2° Ano :: 2°bim ( aula 5) :: Atividade avaliativa (AV1)

 As questões abaixo deve ser feitas e entregues no caderno na aula 6. Elas irão compor a nota da AV1.



1. Tendo como base o pensamento sofista, explique a afirmação
 “O homem é a medida de todas as coisas”.

2. Por que os sofistas ensinavam retórica e oratória aos seus alunos?

3. Sócrates defendia a necessidade do amadurecimento espiritual em cada um a partir do conhecimento de si mesmo. Quais as consequências políticas disso para a cidade ?

4. Explique porque para Sócrates pensar é compreender e fortalecer a alma ?

5. Em Platão as ideias tem papel fundamental para sustentar o mundo, explique essa importância das ideias no idealismo platônico.

6. Comente cada uma das formas decadentes de poder segundo Platão: Timocracia, Oligarquia, Democracia, Demagogia, Tirania.

7.Por que para Platão o governante deve ser necessariamente um sábio?

8. Leia sobre o “Mito da Caverna” e faça comentários observando conceitos como: conhecimento, política e liberdade. 

 

quarta-feira, 2 de março de 2016

2º ano :: 1º bim :: (aula 3) :: Os primeiros filósofos e suas archés

Tales de Mileto (624--548 a.C.)

Atribui-se a Tales a afirmação de que "todas as coisas estão cheias de deuses", o que talvez pode ser associado à ideia de que o imã tem vida, porque move o ferro. Essa afirmação representa não um retorno a concepções míticas, mas simplesmente a ideia de que o universo é dotado de animação, de que a matéria é viva (hilozoísmo). Além disso, elaborou uma teoria para explicar as inundações no Nilo, e atribui-se a Tales a solução de diversos problemas geométricos (exemplo: teorema de Tales). Tales viajou por várias regiões, inclusive o Egito, onde, segundo consta, calculou a altura de uma pirâmide a partir da proporção entre sua própria altura e o comprimento de sua sombra. Esse cálculo exprime o que, na geometria, até hoje se conhece como teorema de Tales.
Tales foi um dos filósofos que acreditava que as coisas têm por trás de si um princípio físico, material, chamado arché. Para Tales, o arché seria a água. Tales observou que o calor necessita de água, que o morto resseca, que a natureza é úmida, que os germens são úmidos, que os alimentos contêm seiva, e concluiu que o princípio de tudo era a água. Com essa afirmação deduz-se que a existência singular não possui autonomia alguma, apenas algo acidental, uma modificação. A existência singular é passageira, modifica-se. A água é um momento no todo em geral, um elemento.
Principais fragmentos:
  • “...a Água é o princípio de todas as coisas...”.
  • “... todas as coisas estão cheias de deuses...”.
  • “... a pedra magnética possui um poder porque move o ferro..."
Tales é apontado como um dos sete sábios da Grécia Antiga. Além disso, foi o fundador da Escola Jônica. Considerava a água como sendo a origem de todas as coisas, e seus seguidores, embora discordassem quanto à “substância primordial” (que constituía a essência do universo), concordavam com ele no que dizia respeito à existência de um “princípio único" para essa natureza primordial. Entre os principais discípulos de Tales de Mileto merecem destaque: Anaxímenes que dizia ser o "ar" a substância primária; e Anaximandro, para quem os mundos eram infinitos em sua perpétua inter-relação.

Anaximandro de Mileto (611-547 a.C.)

Anaximandro viveu em Mileto no século VI a.C.. Foi discípulo e sucessor de Tales. Anaximandro achava que nosso mundo seria apenas um entre uma infinidade de mundos que evoluiriam e se dissolveriam em algo que ele chamou de ilimitado ou infinito. Não é fácil explicar o que ele queria dizer com isso, mas parece claro que Anaximandro não estava pensando em uma substância conhecida, tal como Tales concebeu. Talvez queria dizer que a substância que gera todas as coisas deveria ser algo diferente das coisas criadas. Uma vez que todas as coisas criadas são limitadas, aquilo que vem antes ou depois delas teria de ser ilimitado.
É evidente que esse elemento básico não poderia ser algo tão comum como a água.
Anaximandro recusa-se a ver a origem do real em um elemento particular; todas as coisas são limitadas, e o limitado não pode ser, sem injustiça, a origem das coisas. Do ilimitado surgem inúmeros mundos, e estabelece-se a multiplicidade; a gênese das coisas a partir do ilimitado é explicada através da separação dos contrários em conseqüência do movimento eterno. Para Anaximandro o princípio das coisas - o arché - não era algo visível; era uma substância etérea, infinita. Chamou a essa substância de apeíron (indeterminado, infinito). O apeíron seria uma “massa geradora” dos seres, contendo em si todos os elementos contrários.
Anaximandro tinha um argumento contra Tales: o ar é frio, a água é úmida, e o fogo é quente, e essas coisas são antagônicas entre si, portanto o elemento primordial não poderia ser um dos elementos visíveis, teria que ser um elemento neutro, que está presente em tudo, mas está invisível.
Esse filósofo foi o iniciador da astronomia grega. Foi o primeiro a formular o conceito de uma lei universal presidindo o processo cósmico totalmente.
De acordo com ele para que o vir-a-ser não cesse, o ser originário tem de ser indeterminado. Estando, assim, acima do vir-a-ser e garantindo, por isso, a eternidade e o curso do vir-a-ser.
O seu fragmento refere-se a uma unidade primordial, da qual nascem todas as coisas e à qual retornam todas as coisas.
Principais fragmentos:
  • “... o ilimitado é eterno...”
  • “... o ilimitado é imortal e indissolúvel...”

Anaxímenes de Mileto (588-524 a.C.)

O terceiro filósofo de Mileto foi Anaxímenes. Ele pensava que a origem de todas as coisas teria de ser o ar ou o vapor. Anaxímenes conhecia, claro, a teoria da água de Tales. Mas de onde vem a água? Anaxímenes acreditava que a água seria ar condensado. Acreditava também que o fogo seria ar rarefeito. De acordo com Anaxímenes, por conseguinte, o ar("pneuma") constituiria a origem da terra, da água e do fogo.
  • Conclusão:
Os três filósofos milésios acreditavam na existência de uma substância básica única, que seria a origem de todas as coisas. No entanto, isso deixava sem solução o problema da mudança. Como poderia uma substância se transformar repentinamente em outra coisa? A partir de cerca de 500 a.C., quem se interessou por essa questão foi um grupo de filósofos da colônia grega de Eleia, no sul da Itália, por isso conhecidos como eleatas.


Demócrito e a Teoria Atômica (460 - 370 a.C.)

Para Demócrito, as transformações que se podem observar na natureza não significavam que algo realmente se transformava. Ele acreditava que todas as coisas eram formadas por uma infinidade de "pedrinhas minúsculas, invisíveis, cada uma delas sendo eterna, imutável e indivisível". A estas unidades mínimas deu o nome de ÁTOMOS.

Átomo significa indivisível, cada coisa que existe é formada por uma infinidade dessas unidades indivisíveis. "Isto porque se os átomos também fossem passíveis de desintegração e pudessem ser divididas em unidades ainda menores, a natureza acabaria por diluir-se totalmente".

Exemplo: se um corpo – de uma árvore ou animal, morre e se decompõe, seus átomos se espalham e podem ser reaproveitados para dar origem a outros corpos.


Pitágoras de Samos (580 - 497 a.C.)

"Tudo são números"
Pitágoras imaginava os números como pontos, que determinam formas. E o Universo, o que é, senão um conjunto de átomos, cuja disposição dá forma à matéria?

De qualquer modo, Pitágoras não se contentava em dizer frases; demonstrou que era necessário provar e verificar geometricamente um enunciado matemático, ou seja, expressá-lo como teorema. E formulou vários, além daquele mais conhecido. Por exemplo: a soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a soma de dois ângulos retos (a+b+c=180º); a superfície de um quadrado é igual a multiplicação de um lado por si mesmo. Donde a expressão "elevar ao quadrado": 2x2=22; o volume de um cubo é igual à sua aresta multiplicada três vezes por si mesma: 2x2x2=23, o que originou a expressão "elevar ao cubo".

Pitágoras também mostrou que música e matemática são parentes: o comprimento e a tensão das cordas de uma lira, por exemplo, podem ser convertidos em expressões matemáticas.

O gênio de Samos era um homem religioso, acreditava na transmigração da alma: quando um homem morre, sua alma passa para outro ou para um animal. Só pela vida "pura" a alma poderia libertar-se do corpo e viver no céu. E vida pura significava, para Pitágoras, austeridade, coragem, piedade, obediência, lealdade. Dizia a seus alunos: "Honra os deuses sobre todas as coisas. Honra teu pai e tua mãe. Acostuma-te a dominar a fome, o sono, a preguiça e a cólera". Mas acreditava igualmente numa série de superstições: não comer carne por causa da reencarnação, não comer favas, não atiçar o fogo com ferro, não erguer algo caído do chão.

Melhor meio de purificar a alma, ensinava Pitágoras, era a música. O Universo - afirmava - era uma escala, ou um número musical, cuja própria existência se devia à sua harmonia.
Como astrônomo, seu principal mérito foi conceber o Universo em movimento. Como teórico de medicina, achava que o corpo humano era constituído basicamente por uma harmonia: homem doente era sinal de harmonia rompida. Como filósofo, deu origem a uma corrente que se desenvolveu durante os séculos seguintes, inspirando - entre os principais pensadores gregos - inclusive o famoso Platão.

ATIVIDADE 2:
1) Quando Tales de Mileto afirma ser a água o elemento primordial (arché) que todas as coisas vivas necessitam, é possível pensarmos nisso nos dias atuais ? Qual a importância da água para a vida no planeta ?

2) Por que Anaximandro discordava de Tales de Mileto e julgava que a água tinha limitações que a impediam de ser a origem de tudo ?

3) Os primeiros filósofos davam explicações sempre a partir de um elemento natural. Porém surgiu um problema, pois um elemento natural não pode se transformar em outro, água não vira fogo, por exemplo. Foi então a partir de Demócrito com a ideia de átomo que surgiu uma nova resposta. Como os átomos se comportavam para a formação das coisas na natureza segundo o filósofo ?

4) Por que, segundo Pitágoras, o princípio da natureza não está em uma coisa em si materialmente falando, mas sim na relação numérica entre essas coisas ?


Obs: os textos desta postagem não são de minha autoria, foram retirados da Wikipédia e da página somatematica.com.br.


Fontes:
Wikipedia
http://www.somatematica.com.br/biograf/pit.php


terça-feira, 10 de novembro de 2015

3º ano :: 4º bim :: Aula 2 "Introdução ao conceito de Indústria Cultural" e Aula 3 (atividade)



Culturas periféricas X Culturas centrais



As culturais centrais são aquelas que reúnem em si produtos culturais que servem de referência na formação de parâmetros comportamentais às demais culturas, no caso, as de periferia.


Trata-se da ideia de que no modo de produção capitalista as demandas são artificialmente criadas para que se estabeleça uma necessidade de consumo, uma das peças fundamentais para movimentar a engrenagem capitalista.
 

Dentro dessa lógica há duas categorias:  as que criam “cultura” e as que assimilam “cultura”, e o sentido dessa lógica é do centro à periferia.  Deste modo,  grandes cidades como Los Angeles, Nova Iorque, Londres, Paris, Frankfurt, etc  funcionam como pólos de produção cultural de onde emana sua produção rumo às demais regiões.
 

Assim, a produção cultural periférica é substituída pela cultura advinda de um outro lugar, que conta com um grande aparato tecnológico que a viabiliza mesmo nas áreas mais distantes do planeta.  O filósofo Adorno apresentou o conceito de Indústria Cultural  para significar  uma  produção cultural que estivesse plenamente adequada à lógica da produção capitalista, ou seja, a produção em série voltada exclusivamente ao consumo.
 

Deste modo a Indústria Cultural significa opressão das massas no que diz respeito às suas possibilidades autênticas de criação, subsitituídas por produtos alheios aos hábitos locais. 
Além de passar por cima da produção local, Adorno diz que  ela ofusca e distancia as massas da real possibilidade de acesso à arte genuína, ou seja, a arte como campo estético e não como campo de produção e consumo.
  

Atividade:

 

Faça a leitura do texto* disponível no link abaixo até no máximo à pagina 8 e responda as perguntas relativas ao mesmo.


 
Indústria Cultural  <<<

 




Orientações :

Compor um trabalho contendo as respostas às questões abaixo. Este trabalho deve ser feito em grupo formado por 3 alunos. Digitado e impresso em papel A4 devidamente identificado com nome da turma e seus integrantes. O prazo de entrega é a 3ª semana de novembro (de 16 a 20)

Questões

 

1. Comente a afirmação do texto “A indústria cultural não trabalha com cultura e sim com entretenimento.” .”(pág. 5)

2.    Segundo ADORNO, indústria cultural é um instrumento de opressão que homogeniza as pessoas  preparando-as para o consumo e produção. Explique, o que seria homogenizar? (pág. 3)

3.  Explique o que você compreendeu  sobre a afirmação abaixo:
“A realidade vista por ADORNO (1978) foi que a maior parte das entidades culturais já haviam se transformado em mercadorias, e a cultura em uma indústria. Tudo havia se transformado em produto de consumo.” (pág. 4)

4.    Explique o que você compreendeu  sobre a afirmação abaixo:
“O gosto se reduziu, na visão de ADORNO (1996), ao mero reconhecimento da música de sucesso. O reconhecimento da massa no que é familiar, segundo ADORNO (1996), é a essência da audição. As fórmulas de sucesso populares são repetidas no mesmo padrão. Ou seja, se um determinado padrão tornou-se um êxito comercial, esta fórmula será repetida de forma que o consumo ocorra de forma pacífica.”(pág. 8)



5.  Explique o que você compreendeu  sobre a afirmação abaixo:
A indústria cultural parece sondar as camadas sociais e delas retirar as tendências e manifestações culturais que,ao adentrarem no processo produtivo, são destituídas de suas características autênticas através de atributos inseridos pela grande indústria. Estes atributos promovem o consumo de massa. (pág.6)


* Texto de autoria de Eduardo Henrique Martins Lopez de Scoville
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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

1º ano - 4º Bim:: Trabalho de Estética

Orientações:

O trabalho deve ser feito em dupla com a escolha de um artista para falar sobre. O trabalho  deve seguir o modelo abaixo:

 - Apresentação (titulo do trabalho e nome dos alunos)

-  Introdução (do que irá tratar o trabalho)

- Desenvolvimento


1ª Parte (Estética)

Conceito de Estética na Filosofia
Estética e Arte
Importância da Estética

2ª Parte (artista)

Biografia do artista escolhido
Contexto histórico
Relevância de sua obra para a humanidade


- Fontes de pesquisa (onde você consultou)

- Conclusão (considerações finais)


Regras:

1. O trabalho não deve ser copiado da wikipédia ou de qualquer outra página da internet
2. Se for utilizar trechos de páginas, favor citar a fonte
3. O trabalho deve ser digitado e impresso
4. O trabalho deve estar devidamente identificado com o nome dos alunos

5. Jogadores  de futebol não são artistas
6. O  artistas devem ser aqueles que realmente contribuiram com a humanidade através de suas obras e não "celebridades" criadas pela mídia, religiões, redes sociais, etc...

Atenção: Os trabalhos que não seguirem estas regras poderam ter nota reduzia ou  devidamente anulados (nota zero). Lembre-se de que este trabalho substituirá a prova.

Qualquer duvida perguntem aqui ou me procurem na Escola. Abraço a todos !

Prof. Matheus Gondim


sexta-feira, 16 de outubro de 2015

3º ANO - Indústria Cultural - 1ª parte (2ª&3ª aula - texto e atividade)

Olá pessoal do 3º ano. Segue os links para você fazer download em PDF do texto relativo à introdução à ideia de Indústria Cultural. O texto inclui a 2ª atividade

Texto e atividade

1º Ano - Noções básicas de Estética

Leia o texto* abaixo e responda as perguntas da atividade 1 ao final do texto em seu caderno
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEmHi1X5OW_nLe081H0wNb099oqVyzXU0yjy-cpN3mhKeaZebAi0qWZQ5QzKmDRSCnwevGF3Xyutf9DKbUv2YpgLBlHHRHK8T8rLuGiKKOCBc7kp9PZWRAxjKegk6_wFgLlJjin9cLy4L_/s400/nascimento+de+venus+zefiro.jpg

Zéfiro o deus do vento


Criatividade
 
Quando começamos a discutir sobre criatividade, parece sempre que ingressamos num universo um tanto mágico, habitado por deuses, seres que possuem o dom da criatividade, geralmente na área das artes, que é negado ao comum dos mortais. Chamamos de criativas as pessoas que sabem desenhar, tocam algum instrumento, têm alguma habilidade manual “especial”, como pintar camisetas ou ser bom marceneiro; enfim, as que sabem fazer coisas que a maioria das pessoas não sabe.
Será que basta habilidade técnica para ser criativo? Ou será que a criatividade envolve processos mais complexos?




Vamos começar a discutir esse assunto partindo de alguns significados da palavra criar e de seus derivados criador, criatividade e criativo que constam no dicionário:


Criar. V. t. d. 1. Dar existência a; tirar do nada. 2. Dar origem a; gerar, formar. 3. Dar princípio a; produzir, inventar, imaginar, suscitar.
Criador. Adj. 3. Inventivo, fecundo, criativo.
Criatividade. S. f. 1. Qualidade de criativo  
Criativo. Adj. Criador
Podemos ver nesses vocábulos que a criatividade pressupõe um sujeito criador, isto é, uma pessoa inventiva que produz e dá existência a algum produto que não existia anteriormente. Vemos também que imaginar é uma forma de inventar ou criar um produto. Portanto, esse produto da atividade criativa de um sujeito não é, necessariamente, um objeto palpável, mas pode ser uma idéia, uma imagem, uma teoria.


Criatividade como capacidade humana


 Levando em conta essa discussão, percebemos que a criatividade é uma capacidade humana que não fica nada confinada no território das artes, mas que também é necessária à ciência e à vida em geral. A ciência não poderia progredir se alguns espíritos mais criativos não tivessem percebido relações entre fatos aparentemente desconexos, se não tivessem testado essas suas hipóteses e chegado a novas teorias explicativas dos fenômenos.



A imaginação
O processo de trabalho do cientista aproxima-se do processo de trabalho do artista. Ambos desenvolvem um tipo de comportamento denominado “exploratório”, isto é, dedicam-se a “explorar” as possibilidades, “o que poderia ser”, em vez de se deter no que realmente é. Para isso, necessitam da imaginação. Assim, um dos sentidos de criar é imaginar. Imaginar é a capacidade de ver além do imediato, do que é, de criar possibilidades novas. É responder à pergunta: “se não fosse assim como deveria ser?”. Se dermos asas à imaginação, se deixarmos de lado o nosso senso ridículo, se abandonarmos as amarras lógicas da realidade, veremos que somos capazes de encontrar muitas respostas para a pergunta. Este é o chamado pensamento divergente, que leva muitas respostas possíveis. É o contrário do pensamento convergente, que leva a uma única resposta, considerada certa. Por exemplo, à pergunta “”Quem descobriu o Brasil, só há uma resposta certa: Pedro Álvares Cabral. Para a pergunta “Se os portugueses não tivessem descoberto o Brasil, como estaríamos hoje?”, há inúmeras respostas possíveis. A primeira envolve memória; a segunda, imaginação.
Tanto o artista quanto o cientista têm de ser suficientemente flexíveis para sair do seguro, do conhecido, do imediato, e assumir os riscos ao propor o novo, o possível.

A inspiração


Nesse contexto, qual seria o lugar da tão falada inspiração? Na verdade, a inspiração é resultado de um processo de fusão de idéias efetuado no nosso subconsciente. Diante de um problema, de uma preocupação ou ainda de uma situação, obtidas as informações fundamentais acerca do assunto, o nosso subconsciente passa a lidar com esses dados, fazendo elementos. É como tentar montar um quebra-cabeças: experimentemos ora uma peça, ora outra, até acharmos a adequada. É o momento em que a imaginação é ativada para propor todas as possibilidades, por mais inverossímeis que sejam. Desse jogo subconsciente surgirão em nossa consciência sínteses e novas configurações dos dados sobre as quais trabalhará nosso intelecto, pesando-as, julgando-as, adequando-as ao problema ou à situação. Ao surgimento dessas sínteses em nossa consciência damos o nome de inspiração. Tanto o artista quanto o cientista trabalham intelectualmente a inspiração. O artista tem de decidir entre materiais, técnicas e estilos para a produção da sua obra. O cientista tem de elaborar e testar as suas hipóteses para chegar a uma teoria ou produto novos.
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QUESTÕES:
1. Qual o papel da imaginação no ato de criar?
2. O que é imaginação?
3. O que é inspiração?
4. No texto, identifique semelhanças entre o artista e o cientista.

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 O texto acima foi retirado do livro Filosofando, de Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins.


sexta-feira, 9 de outubro de 2015

3º ANO - CULTURA E NATUREZA (1ª aula do 4º bim)

Olá pessoal do 3º ano. Segue os links para você fazer download em PDF do texto relativo às duas primeiras aulas do 4º bim, cujo conceito chave é Cultura.

Texto das duas primeiras aulas